Popularmente conhecido como GPS, o Sistema de Posicionamento Global não se trata de nada muito novo: ele foi criado em 1973. O GPS veio para superar as limitações dos sistemas de navegação da época. Ele é capaz de fornecer a um aparelho receptor móvel a sua posição, com precisão de metros, em qualquer ponto do planeta Terra.
Uma constelação formada por 48 satélites envia, constantemente, sinais perpendiculares para a Terra. E, além dessa posição vertical, cada um desses satélites tem certo ângulo – que é necessário para atingir os milhões de aparelhos que hoje estão espalhados pelo planeta. Os aparelhos receptores combinam os sinais de pelo menos quatro satélites diferentes simultaneamente para determinar em que posição você se encontra.
Helder Azevedo, diretor de vendas da NAVTEQ, explica que essa posição precisa ser representada em um mapa, que tem que ser construído com uma precisão de tal forma que aquela latitude e longitude sejam bem representadas na rua em que o usuário estiver.
Ou seja, além dos satélites, 3 componentes são indispensáveis para que o GPS funcione com precisão: o hardware tem que ser de boa qualidade para "recepcionar" bem os sinais enviados; o mapa precisa ser bem desenhado; e o software do dispositivo precisa estar bem programado para fazer todos os cálculos com rapidez.
No início, o uso do GPS era exclusivamente militar. Aliás, essa constelação de satélites pertence ao Departamento de Defesa dos Estados Unidos. E, por se tratar de algo de "defesa", a precisão original do GPS é milimétrica. Para não dar um tiro no próprio pé, o governo americano impõe a chamada "disponibilidade seletiva". Trata-se de um erro induzido ao sinal dos satélites que impede que aparelhos comerciais tenham precisão inferior a 90 metros.
Mas, então, quer dizer que todo GPS está quase 100 metros errado? Não, não é bem assim. Algumas empresas já negociaram com o governo americano, e conseguiram autorizações para corrigir esse erro nos aparelhos comerciais.
Helder explica que os satélites passaram a enviar sinais com erros variáveis. Ele cita como exemplo quem usa relógios com GPS. Para esses usuários, mesmo quando estão parados, o sistema diz que ele está em movimento. Esse é um erro que vai oscilando propositalmente para tirar a precisão do GPS comercial.
Apesar da correção, claro, quem usa sabe que o GPS ainda erra. Isso tem 2 possíveis culpados: ou o mapa foi mal feito ou o receptor não é de boa qualidade. Para fugir desses "desvios", procure sempre um dispositivo de marca confiável e de qualidade. Equipes usam ferramentas especiais para garantir que quando o seu dispositivo indica que você está em determinada posição, você realmente esteja ali...e não a 2 quilômetros de distância.
Agora que você já sabe como funciona o GPS, que tal ir mais fundo e saber como são construídos esses mapas e toda informação que vai parar na tela do dispositivo? Acesse esse LINK e confira!