Testamos quatro aparelhos GPS de marcas conhecidas

Colocamos frente a frente, ou melhor, lado a lado quatro das mais conhecidas marcas de GPS: o E 435 da Airis, o Moov M400, da Mio, o XL-335 da Tomtom e o Siga-me Smart V, da Vista. E comparamos as principais características de cada um. Para que a disputa fosse justa usamos como parâmetro aparelhos com tela de 4,3 polegadas, todos touchscreen. E aí já começam as diferenças. Nos aparelhos Airis e Siga-me percebemos uma sensibilidade ao toque melhor que as demais.  

Mapas! Usar GPS para locais que conhecemos não faz muito sentido. Portanto, o número de cidades abrangidas é fundamental. E aqui vai uma ressalva: os aparelhos fornecem normalmente 2 números em relação a cidades, o primeiro de abrangidas e o segundo de auditadas. Leve sempre em conta o de auditadas, que são as cidades em que as ruas teoricamente foram  mapeadas – pelo menos em sua maioria. No Siga-me são 269. O Airis e o Mio ficam no meio termo com 356 e 500 cidades, respectivamente. E o vencedor é o Tomtom com 633 cidades  mapeadas.   

Dica importante. Tem ainda outro detalhe nessa história: alguns GPS fazem a distinção entre cidades  cobertas e cidades mapeadas. No primeiro caso elas apenas são reconhecidas pelo GPS, mas não existe o mapeamento das ruas. Ou seja: as que valem mesmo são as cidades auditadas e mapeadas. Eis aí um item importante para prestar atenção na hora da compra.   Informações adicionais! Nas grandes cidades é fundamental saber QUAL o caminho, mas, saber também qual o MELHOR caminho é indispensável. Por isso, informações de trânsito têm valor fundamental nessa hora. Infelizmente, apenas o GPS da TomTom traz essa informação. Nos demais as opções ficam entre o caminho mais curto ou o mais rápido, mas sem informações online, o conceito de rota mais rápida pode ser bem relativo.  

Todos os aparelhos permitem escolher o tipo de estrada: somente asfaltadas, estradas com pedágio ou com balsas. Apenas o Moov M400 não traz esse recurso.   Ainda no capítulo das informações adicionais, todos os GPSs testados, trazem centenas dos chamados Pontos de Interesse, que vão desde coisas simples como postos de gasolina ou aeroportos, até zoológicos ou igrejas. Como são muitos é importante saber usar o recurso para que ele não atrapalhe mais do que ajude...  

Sistema operacional! Com exceção do Tomtom  - que tem um sistema próprio -  os demais usam o Windows CE. O Airis e o Siga-me tiraram proveito disso e acrescentaram funções multimídia aos seus aparelhos. Assim, eles podem mostrar fotos e reproduzir músicas e vídeos. Também trazem aplicativos para conversão de unidades e calculadora, que podem ser úteis numa viagem.  

Outra detalhe bem importante é a atualização dos mapas e de outras informações – e se isso é cobrado à parte ou não. No GPS da Airis, a atulização de radares é gratuita, já a de mapas é de graça apenas por 60 dias. O Tomtom se mostrou o mais completo e mais intuitivo na interação do PC com o GPS. Existe um programa que faz esse meio de campo, que é baixado no site da empresa. Dali baixam-se novas vozes, pontos de interesse, e o mais legal: correção de mapas feita por usuários. Você também pode fazer a sua correção diretamente no aparelho, caso detecte alguma falha. No Siga-me as atualizações também são gratuitas; você só precisa se cadastrar no site.  

Avaliar as características técnicas é uma coisa. Mas, para testar mesmo os GPS, só mesmo indo para a rua. Colocamos todos no carro da nossa reportagem e traçamos algumas rotas. Em alguns casos alguns modelos optaram pelo mesmo caminho, porém não foi raro termos indicações bem contraditórias. O destino sempre foi atingido, mas nem sempre o caminho foi o mesmo. Isso acontece porque cada um deles traz um tipo de mapeamento interno diferente, que resulta em rotas variadas. Por isso é sempre bom estar atento a novas sinalizações ou possíveis trocas de mãos de ruas recentes. E não esquecer que nenhum deles está programado para obedecer o rodízio de carros existente em São Paulo. Se você mora na cidade: atenção!  

Nesses testes práticos levamos em consideração não só a rota traçada, mas a quantidade de informações transmitidas. O Siga-me, apresenta um bom painel indicando de forma dinâmica a distância decrescente, conforme a manobra precisará ser realizada. Ele também  antecipa a próxima mudança de rota, além de trazer uma estimativa de velocidade. O GPS da Mio também é bem completo com todas essas informações. No Airis os recursos são mais restritos: não existe o tempo estimado, nem a velocidade.  

O Tomtom se mostrou o mais completo, com todas as informações apresentadas pelos outros e a indicação do trânsito nas principais vias.   Mas, tão importante quanto sugerir uma rota é a velocidade com que um novo caminho é traçado. Às vezes você pode perder uma conversão, ou optar por um caminho com menos trânsito. Se o GPS não for rápido o suficiente, você corre o risco de perder a próxima entrada antes da indicação. Nesse item os melhores foram o Airis e o Siga-me, com recálculos rápidos.  

Preço. Os preços nao tiveram grandes variações. Airis e Mio saem por R$ 500, o Tomtom por R$ 600 e o Siga-me por R$ 700. Aí, feitas as contas e levando todos os pontos em consideração, a escolha do Olhar Digital como melhor GPS vai para o Tomtom. Pontos decisivos nessa escolha foram o maior número de cidades auditadas e também o fato de ele ser o único que traz informações sobre o trânsito.

No link que acompanha esta matéria, você encontra uma reportagem em que mostramos como as informações do trânsito são coletadas e vão parar nas telinhas dos smartphones e dos GPS. Você aproveita para conhecer também o novo chip para automóveis, que o governo quer implantar em todos os carros nacionais. 

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